sábado, 7 de setembro de 2013

Decidir

Já vi Dr. Dráuzio Varela dizer que o mais importante para a psique do homem é o fator decidir. Decidir entre um novo caminho, mantê-lo ou deixa-lo. Ficar no meio do caminho, na encruzilhada, faz as pessoas adoecerem, provoca angustia e ansiedade.  Tenho aprendido a levar  muito a sério as palavras do Doutor.

Decidir significa que você tem que estar pronta pra desapegar, desprender, saber deixar.  O que para nós, seres humanos ocidentais, que fomos educados a crescer e adquirir, acrescentar e acumular, acaba sendo uma tortura. A gente cresce querendo TER a melhor boneca, que logo será substituída por outra. Daí pedíamos os patins, o bambolê, a turma da moranguinho, com todos os cheiros, a Emília e o feijãozinho, os lápis mais bacanas que as outras amiguinhas tinham...  Mais adiante um pouquinho, já maiorzinhas, passaríamos pros papéis de carta, depois o vídeo game (na época Atari)... E cada ano, nossa lista de desejos subia... Como mulheres, ai é que o negocio pega, porque acho que somos a mola mestra da economia. Consumimos tudo; sapatos, bolsas, roupas, maquiagem, acessórios, cosméticos, carros, casas. E dentro de cada item desses, uma infinidade de subitens.  Imagine então como é deixar para trás.

O sentido de DECIDIR, ou seja, optar e assim agir com o novo objetivo, muitas vezes significa que você terá também que abandonar e desvencilhar-se de algo, e isso pode ser seu sonho. Como dói.  O coração acelera, não dormimos a noite, e ficamos com um nó no peito. Aquilo que você está acostumado a ver e a ter, não será mais. Será? Será isso o melhor? Ou não? Poderei voltar atrás? O que fazer?  Os dias passam, as semanas, os meses, o ano... E perdemos tempo... E saúde...  Desistir de um sonho pode ser ele material ou não, com certeza é o mais doloroso.

Vamos ao analista, descobrir enfim, que o que precisávamos saber está dentro de nós. Só precisamos DECIDIR...   

E quando chega a hora, exatamente nesse momento entre o sim e o não, entre o ir ou ficar, descobrimos que o instante seguinte nos liberta.  Desvencilhamo-nos das amarras e vemos que fomos nós mesmos que amarramos nossos punhos.  Era tão simples! E fácil! Mais fácil do que se podia imaginar!!! Corra que a liberdade chegou!!!  Tão sábio esse Doutor!






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