Trechos dos 3 filmes: o primeiro se passou em Viena, o segundo em Paris e o terceiro na Grécia. |
Antes do Amanhecer. Antes do Pôr
do sol. Antes da meia noite. Essa trilogia de filmes acompanhou alguma de nós
CNMS. Hoje fui assistir com uma delas, o terceiro da sequencia. Os longas são filmados
a cada nove/dez anos, com os mesmos atores Ethan Hawke e Julie Delpy.
No primeiro, Antes do amanhecer, Nós tínhamos
vinte e poucos anos. Era década de 90. Tínhamos sonhos, ansiedade, paixão,
grandes expectativas, esperança de um grande amor e um casamento. O filme trata
da história de duas pessoas que se conhecem ao acaso, que tem extrema afinidade
e que infelizmente por destino não podem ficar juntas. Não naquele momento. Se passa em Viena, e tem como pano de fundo essa cidade linda. Então
saímos do cinema com a torcida pelo amor deles. Que aconteça, por favor, pois
seria muita maldade não se concretizar... E nos projetamos ali.
A sequencia demorou nove anos pra
ser filmada. Não sabíamos até então se teria continuação. O Antes
do Por do sol veio em 2004. A historia do reencontro. O reencontro do
amor que parou no tempo e esperou pra acontecer, agora em Paris. E que ao final, deixa no ar a
esperança de ter continuado além dali. O
tempo no filme é igual ao da vida real, o tempo que Passou aqui também passou
ali.
E finalmente, seguindo o mesmo preceito,
é o Antes
da meia noite. Passado também no mesmo intervalo daqui da “vida real”. Nove
anos. De 2004 pulamos para 2013. Lá e
cá.
(melhor dialogo do filme) |
O filme aborda a vida do casal agora
juntos, com filhas gêmeas, seus trabalhos, os medos, os anseios, a vida aos 40...
O amor que os uniu, o que os motivou, e os problemas que cercam a vida de um
casal após anos de convivência.
20.30.40. São os anos que fazem
desse filme, algo especial. As mesmas expectativas do primeiro, aos vinte, o
reencontro, quando aos trinta e agora, quando também estamos próximas ou na
casa dos quarenta. De todas as formas a
abordagem foi a da época. O que sentimos nos filmes parafraseou a maturidade equivalente
a cada época.
Aos 40, podemos ter problemas no casamento. Ou nos
separamos. Ou nos separaremos. Ou Já teremos resolvido o caso e continuado com
o companheiro. De qualquer forma a essa altura do campeonato, é quando se
reflete por tudo ao redor. O que conseguimos, o que ainda não conseguimos, o
que ainda queremos, o que não queremos mais. O que nos magoa e que não queremos
que nos magoe mais. O que mais gostamos,
e o que realmente queremos continuar fazendo. É o que realmente vale a pena pra nós, que vai
nos nortear, com a melhor clarividência que alguém pode ter. Sabemos o que sentimos,
e não o que os outros pensam que sentimos. Não cabe mais intromissão.
Quando o filme acabou, pensei em
como ele nos leva a refletir. Cada conversa do casal, nos toma pra realidade
que de alguma forma também é nossa. E olhei pra trás. Não haviam muitas pessoas
na sala de cinema. Vi que tinham 3 mulheres
sentadas sozinhas. E também pensei no que o filme poderia ter tocado pra elas.
Eram duas senhoras. A outra devia ter uns 30. Com certeza tocou.
Espero que façam o “Antes do meio dia”. Que deve ser lá pra perto dos nossos 50, em 2022. O que teremos e seremos daqui pra lá?
Bem, quando eu chegar eu conto. E vamos vivendo.
Sâmia
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