terça-feira, 24 de setembro de 2013

Reflexões Antes da meia noite

Trechos dos 3 filmes: o primeiro se passou em Viena, o segundo em Paris e o terceiro na Grécia.
Antes do Amanhecer. Antes do Pôr do sol. Antes da meia noite. Essa trilogia de filmes acompanhou alguma de nós CNMS. Hoje fui assistir com uma delas, o terceiro da sequencia. Os longas são filmados a cada nove/dez anos, com os mesmos atores Ethan Hawke e Julie Delpy.

No primeiro, Antes do amanhecer, Nós tínhamos vinte e poucos anos. Era década de 90. Tínhamos sonhos, ansiedade, paixão, grandes expectativas, esperança de um grande amor e um casamento. O filme trata da história de duas pessoas que se conhecem ao acaso, que tem extrema afinidade e que infelizmente por destino não podem ficar juntas. Não naquele momento. Se passa em Viena, e tem como pano de fundo essa cidade linda. Então saímos do cinema com a torcida pelo amor deles. Que aconteça, por favor, pois seria muita maldade não se concretizar... E nos projetamos ali.

A sequencia demorou nove anos pra ser filmada. Não sabíamos até então se teria continuação. O Antes do Por do sol veio em 2004. A historia do reencontro. O reencontro do amor que parou no tempo e esperou pra acontecer, agora em Paris. E que ao final, deixa no ar a esperança de ter continuado além dali.  O tempo no filme é igual ao da vida real, o tempo que Passou aqui também passou ali.

E finalmente, seguindo o mesmo preceito, é o Antes da meia noite. Passado também no mesmo intervalo daqui da “vida real”. Nove anos.  De 2004 pulamos para 2013. Lá e cá.
(melhor dialogo do filme)

O filme aborda a vida do casal agora juntos, com filhas gêmeas, seus trabalhos, os medos, os anseios, a vida aos 40... O amor que os uniu, o que os motivou, e os problemas que cercam a vida de um casal após anos de convivência. 

20.30.40. São os anos que fazem desse filme, algo especial. As mesmas expectativas do primeiro, aos vinte, o reencontro, quando aos trinta e agora, quando também estamos próximas ou na casa dos quarenta.  De todas as formas a abordagem foi a da época. O que sentimos nos filmes parafraseou a maturidade equivalente a cada época.

Aos  40, podemos ter problemas no casamento. Ou nos separamos. Ou nos separaremos. Ou Já teremos resolvido o caso e continuado com o companheiro. De qualquer forma a essa altura do campeonato, é quando se reflete por tudo ao redor. O que conseguimos, o que ainda não conseguimos, o que ainda queremos, o que não queremos mais. O que nos magoa e que não queremos que nos magoe mais.  O que mais gostamos, e o que realmente queremos continuar fazendo.  É o que realmente vale a pena pra nós, que vai nos nortear, com a melhor clarividência que alguém pode ter. Sabemos o que sentimos, e não o que os outros pensam que sentimos. Não cabe mais intromissão.

Quando o filme acabou, pensei em como ele nos leva a refletir. Cada conversa do casal, nos toma pra realidade que de alguma forma também é nossa. E olhei pra trás. Não haviam muitas pessoas na sala de cinema.  Vi que tinham 3 mulheres sentadas sozinhas. E também pensei no que o filme poderia ter tocado pra elas. Eram duas senhoras. A outra devia ter uns 30. Com certeza tocou.

Espero que façam o “Antes do meio dia”. Que deve ser lá pra perto dos nossos 50, em 2022. O que teremos e seremos daqui pra lá?

Bem, quando eu chegar eu conto.  E vamos vivendo.


Sâmia

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